sábado, julho 05, 2008

Qual o momento de sair de cena?Quando é chegado a hora de reconhecer a perda, ou ainda, existe um momento exato para isso?
Não são só essas dúvidas cruéis que me atormentam, mas também minha inabilidade de mudar, de dar uma resposta às adversidades da vida.
Talvez a experiencia me prepara para uma verdade cruel: a de que tudo na vida tem um prazo de validade, de que verdades absolutas cairão e de que muitos sonhos morrerão e quando morrerem, acreditaremos que nunca chegamos a sonhar.
Por outro lado, um devaneio tolo me faz acreditar que existem coisas eternas, sim.De que algumas verdades, pelo menos minhas verdades, jamais sucumbirão e de que embora muitas perdas virão, jamais deveremos deixar os bons sonhos morrerem. E é embasado nisso, que devo tomar minhas atitudes mesmo perante a dúvida, que devo arriscar e ter consciência de que toda mudança exigem perdas.
Sair de cena, encerrar ciclos, saber perder,fechar portas. Mas tambem seguir em frente, me achar em cada experiência futura, e manter a minha consciência em paz, como tenho feito até agora.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

só nosso

Podem os enfeites das árvores de natal cairem, podem os bonecos de neve desabarem
Mas o que foi nosso, ainda existe em nós
pode a festa perder o brilho, pode o dia desmanchar com a noite
E ainda assim, teremos algo nosso
Podem as águas serem profundas demais, a colina íngreme. pode os ouvidos não resistirem a pressão
Mas o que foi nosso, deve permanecer a sete chaves.
E só o que importa é o que existiu. O resto é resto, quiçá nem lembrados serão
FIcarão nas areias do tempo e apenas deve ser levado o ensinamento De que só o amor não basta

quarta-feira, dezembro 26, 2007

quero dormir o sono dos amantes. No qual não ligam muito para ele, o pouco tempo que têm, é para aproveitar. e quando dormem, acordam com o mesmo vigor: o de quero mais

quero olhar a vida com a beleza de seus olhos:enxegar sempre o céu estrelado-o mesmo sob o qual se deram o primeiro beijo- com a chuva molhando os seus rostos.

quero a a indiferença deles com os julgamentos. quero a bobice de suas "infâncias", mesmo que digam que é ridículo.

É isso,quero o ridículo perante esse mundo ridículo, que ridiculariza a pureza, e eleva o que seria digno de ser chamado de ridículo.

quero tantas coisas e não sei como pedi-las nem alcançá-las.

tenho sono, mas não quero domir.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

A vezes quando se ganha, se perde!!não lembro onde li isso, ou ouvi, mas também não é relevante.
Essa frase me fez pensar nesse sentido, e chegar a conclusão de que quase sempre quando se ganha, se perde. E isso me assusta. não é só o fato de nao saber lidar com perdas, adversidades, tem mais coisas aí que me causam medo.
Talvez nao saber o que querer ganhar, ou ainda, considerar uma vitória impossivel. mas quem se importa? a indiferença está se proliferando,cada um atra´s de suas vitórias usando os métodos que lhes convém, e uma vitória é apenas uma conquista, nao se pode perder tempo comemorando-a. E a derrota, é tao natural que nao se deve senti-la.
Será que essa tendência acaba matando um ideal? ou ainda, a busca por ele?
Agora percebo que meus temores não são infundados.Eu quero uma ideologia, para viver.Eu quero viver, de fato!E se nao for possível, qual a graça?

domingo, outubro 21, 2007

pegando o jeito

sempre tentei seguir o caminho indicado. me cobrei muito isso
e quando não o fazia, sentia um peso:algo nao ficava bem
isso nunca foi a fonte de minhas mágoas. Na verdade, nem a conheço.Pra falar bem a verdade, acredito que poucas pessoas conhecem as suas.
mas o fato é que, quando se faz tudo as avessas, ja nao se sabe se é certo ou errado, se coloca um preço para a felicidade, e mais, se coloca uma dúvida se vale a pena pagar por ela, aí sim tudo está confuso. Mas como sempre, ja me adaptei a essa. E confesso que estou levando jeito para lidar com ela. vou tocando a bola, não sei quando alcançarei a linha de fundo, mas acho que estou gostando do jogo...

domingo, julho 08, 2007

tudo confuso

Hoje, me sinto indecifrável.Talvez com uma intensidade maior do que de costume.
triste ou alegre? como saber?
me arriscaria a dizer que estou no meio termo.Digo que me arrisco não tenho certeza, mas tem um indício favorável que faz eu chegar a essa conclusão. Não estou muito inspirado a escrever, e normalmente são dias tristes que me dão essa inspiração.
Acho que quero conversar, filosofar. É isso, filosofar. Chego a imaginar a cena: amigos, um bom vinho, e a conversa sem cronômetro.
Essa talvez tenha sido minha única fonte de inspiração para escrever algo sem inspiração nenhuma: falta de filosofar.
Ah e que falta isso faz. Colocar perguntas em pauta, frisar convicções, e no fim de tudo, sair com mais dúvidas sobre a vida. E o que mais me inquieta no momento, é como as pessoas surgem no caminho uma das outras...e sem se darem conta, como fazem diferenças enormes, as vezes em tão poucos detalhes
estranho não? exatamente como estou.

sábado, junho 09, 2007

percebo a vida de uma forma diferente. percebo caminhando, as vezes estático, e as vezes até mesmo de uma forma pensante.Indago o por que o mundo gira? e se gira por que nao caio de cabeça pra baixo? ou será que caio?
Percebo ao longe. vejo o casal de jovens senhores admirando um castelo. Nada que passe de uma olhada instantânea, e bastou para tirarem suas conclusões. Um castelo forte, diferenciado.
ja um casal de jovens olhou um pouco mais. Com outras percepções, acharam o castelo agradável.Talvez tenha faltado palavras, ou talvez tenha faltado interesse.
Já as crianças. Ah, essas não se contentaram em ver o castelo por fora.Então elas entraram. E quando sairam, de suas feições, não se conseguia interpretar o que sentiam.
...Foram as únicas que viram realmente o castelo.E Talvez tenham percebido que o castelo não se deu conta que o mundo gira, e que seus pilares estavam deteriorados. Ou quem sabe, apenas brincaram la dentro.como saber...?